Cérebro, Mente, Drogas, Meditação... Satori
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Existe o Cérebro e existe a Mente.
O cérebro é limitado, faz parte de um corpo físico, está condicionado ao tempo, às experiencias, ao aprendizado...
O cérebro é uma atividade no tempo, enquanto um processo físico e químico complexo e de armazenagem.
O cérebro é condicionado, enquanto a Mente parece ser ilimitada.
Ela está, ela não é.
Então, o acesso à Mente é limitado, uma conexão pobre, pequena.
O cérebro é condicionado ao tempo e ao físico.
A mente se encontra no espaço e no silêncio.
O que impede o cérebro de operar numa área mais ampla, numa área ilimitada é o pensamento.
O pequeno cérebro, formado por conexões condicionadas entre experiências e memória fica preenchido e cada vez mais condicionado por suas identificações momentâneas (sou budista, cristão, urbano, carioca, engenheiro, pai...)... sempre acumulando (Suttas, conhecimento, futilidades...).
Experiência, conhecimento, memória, pensamento, ação... é a sequencia que conhecemos.
Parte do cérebro.
Um ciclo, uma cadeia...
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Estando condicionado - pela nacionalidade, por sua experiência, cultura, pelo meio ambiente, por toda a propaganda religiosa, revistas, livros, Tv, tradição - percebendo que o cérebro se torna estúpido, repetitivo, mecânico...
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Como realizar a revolução de trazer liberdade a este cérebro, de modo que ele se torne vazio e livre o suficiente para acessar com facilidade estados superiores da Mente?
Houve num tempo anterior quem lograsse isso com Entógenos, com Empatógenos, com Entactógenos... parece que num propósito sério eles podem abrir esse espaço no cérebro, de acesso à Mente.
A questão é que não perdura, ficam como transportes artificiais, criam uma dependência.
A Meditação pode ser outra porta, o se esvaziar e abrir esse espaço. Infelizmente tradições budistas querem, mesmo na meditação, condicionar, o que vira um contra-senso paradoxal....
A verdadeira questão, por conseguinte, se resume nisso:
É possível a nós, seres humanos,promovermos essa mutação no uso do próprio cérebro,sem meios artificiais ou extremos (frio, fome, calor, dor...), uma revolução que não seja um processo gradativo no tempo, porém uma revolução, uma mutação imediata, resultante da compreensão instantânea? ...
Isso se chama Satori, no Zen .
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