Um pequeno conto do Velho Oeste

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Havia um caubói chamado Lazarus Hex...

ele havia sido um grande matador,

tanto como fora da lei, quanto como xerife...

.Então, perdido no deserto, exausto e com enorme sede, a morte apareceu pra ele e disse:

- Grande caubói, hoje vim encontra-lo!

Está marcado q vc morra neste momento, mas sabe...? o mundo anda meio louco!

Estão me chamando a tantos lugares ao mesmo tempo... preciso de ajuda!

Faremos um acordo, eu juro nunca te buscar e vc passa a colher vidas para mim? O que acha?

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Em meio à alternativa que restava, Lazarus aceitou de pronto.

Então, numa viagem repentina ele se encontrou à frente de um pequeno menino índio, deitado numa pele de bisão...

o menino estava doente, cercado por familiares preocupados, e era o motivo dele estar ali... colher aquela vida!

Lazarus se ajoelhou em frente ao menino... o menino febril tremeu todo .. e suou, e sorriu... a mãe, que não via o caubói, sentiu a testa do pequeno e alegrou-se da febre ter passado...

o pegou, abraçou e beijou em lágrimas...

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A morte apareceu furiosa:

- O que fez, traidor?

- Tenho que recolher vidas, não?

- E o curou, infeliz?

- Não... tomei para ti, a vida de milhões de bactérias que infestavam o menino. Você me deve cada uma delas!

E assim, Lazarus o assassino, se tornou um Shaman curador.

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Beto Enso... julho 2009

Uma noite com Elvis, Michael e Seu Madruga

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- Eeeeee... Aaaaaaaííííííííííí, Euvis Pésley ????????

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Assim diariamente me saúda gritando rouco, do outro lado da rua, o ébrio flanelinha que fica na praça em frente ao meu trabalho, sempre em busca de uns trocados. Por mais incógnito que eu queira chegar, ele me acha e faz o escândalo do dia! Um sujeito não pode mais chegar um pouco atrasado, de fininho? rss...

Nem dar um troco pra ele, faz o diabo do sujeito se calar!

É uma compulsão dele, quando me vê!

Na ida e na volta do trabalho!

Essa figura engraçada, sósia brasileiro do Seu Madruga, sempre me lembra de meu Colegial.
Talvez graças às minhas belas costeletas e alguma semelhança com o Rei do Rock´n Roll, ninguém do Colegial do Mackenzie me conheceu por meu nome, mas se falarem: “é o Elvis!” todos sabem q é sobre mim.

- E aí, Elvis Presley?

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Pelo jeito continuo com meu belo estilo romântico, derretendo o coração das fãs, pois com certeza o bêbado Madruga não estudou no colegial do Mackenzie!

Elvis Presley... assim me conheceu a Heloisa, minha melhor amiga dessa época. Ela ligava na minha casa, ia me visitar... perguntava pelo Elvis!

Ninguém na minha casa entendia! “Quem é o Elvis?” me perguntou minha avó...rss ...

Logo a Heloisa conquistou minha família com sua doce sinceridade e refinado humor, e acostumaram também a me ver como Elvis... acho que até hoje a Heloisa não sabe meu verdadeiro nome! rss...

Éramos inseparáveis... e onde andará ela? A ultima vez que soube, tinha se casado com o irmão do namorado de anos, era psicóloga de uma companhia aérea e trabalhava num aeroporto. Saudade dos papos, menina... Adoro mulheres inteligentes!

- E aí, Elvis Presley? ....

Saudou-me ontem a noite o seu Madruga, e em sua semi-consciência desperta, mas, dessa vez, completou com algo curioso...

- E aí, Euvis Pésley? Óóóóóó... o Maicou Jecks se foi... mas ieu to aqui ainda!

Nossa! Será que ele percebe o que falou?

Neste instante, Seu Madruga ficou mais rico que o Michael Jackson!
A fortuna do Pop Star mais amado não consegue comprar o privilégio do flanelinha de estar vivo!

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Olha só!
Nem sei se ele percebeu a sutileza desse raciocínio!

Mas tem todo sentido do mundo!

Por contingências do destino, o flanelinha hoje é mais afortunado que o Michael...

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E eu, do que o Elvis Presley!

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Eu, meio adoentado, febril e resfriado nessa noite, chateado com situações que se armaram em minha vida... nesse instante sorri...

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Ora, ora... a inconsciente sabedoria dos ébrios!

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